sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Saúde é o que interessa

Uma gordinha sentada imponentemente em seu trono de entrevistada, respondendo às mais diversas indagações de seu ilustre inquisitor sobre o que é que devemos consumir e o que é que devemos evitar a todo custo em nome de uma existência mais próspera e saudável. Se a imagem não lhe parece familiar, meus parabéns: Você provavelmente não tem passado muito tempo na frente da televisão. Caso contrário, já teria entrado em contato com a evangelização de um, dois ou mil nutricionistas – que parecem estar sistematicamente saindo de suas alcovas para dominarem o horário nobre (quiçá o mundo).

Confesso que sempre me faz bem ver uma nutricionista papagaiando dicas para uma vida mais saudável em algum programa de quinta categoria. Em primeiro lugar, a visão dantesca de uma quase sempre obesa, envelhecida e mal cuidada senhora me reconforta um bocado. Porque das duas uma: Ou ela realmente cumpre à risca todo aquele ritual diário de exercícios, preocupações e consumo de matinhos que propõe – o que só aumenta minha convicção na minha dieta balanceada de carne vermelha, sanduíche (iche!) e bacon – ou é uma hipócrita irreversível, que prega uma coisa ali, mas abastece a geladeira com as mais proibitivas delícias que a indústria alimentícia foi capaz de produzir. E nesse último caso, me tranqüiliza saber que ela está na mais absoluta mesma situação que eu – salvo pela culpa e auto-flagelação que provavelmente acompanham o descumprimento de seus próprios dogmas, e que não me afligem nem um pouco.

Mas apesar dos pesares, me preocupo muito com a minha própria saúde – motivo pelo qual cometo todos os abusos condenados pelas pastoras do way of life natureba. Explico: Como errado, prefiro um copo de Coca-Cola a um de água, pulo refeições na correria do dia a dia, sou sedentário por natureza e mais uma dezena de etecéteras que nem convém relatar aqui. Mas faço tudo isso com a certeza de que, no dia em que Dna. Morte sair das histórias do Penadinho para comunicar meu aviso prévio, poderei tentar suborná-la [funciona com a maioria dos demais funcionários públicos, e aqui não tem porque ser diferente]. Terei a possibilidade de abandonar uma série de hábitos desagradáveis para tentar evitar o inevitável. No entanto, se eu me alimentasse adequadamente, fizesse exercícios diariamente e evitasse álcool a qualquer custo, que moeda de troca teria para barganhar com a Ceifadora? Pois é.

No auge dos meus quase trinta anos de vida, nunca sofri nenhum infarto fulminante ou algo que o valha [não, caro devorador de aveia, isso aqui não é um tratado do além-túmulo, tampouco o testamento deixado em meu leito de morte para alertar outros sobre as conseqüências de uma vida repleta de abusos – sinto decepcioná-los]. Mas aí é que está o segredo: Um dia isso vai mudar. E quando minha saúde escorrer por entre meus dedos engordurados de óleo de pastel de feira, eu já tenho um plano perfeitamente bem traçado para melhorar minha qualidade de vida – ao contrário de qualquer comedor de alface que eu conheça. Demagogia hedonista? Talvez. Mas do alto do meu hedonismo, venho buscando aproveitar muito bem essa que pode ser minha única oportunidade de experimentar os prazeres “proibidos” que a vida traz. E até agora, tenho sido muito bem sucedido e sem experimentar conseqüências assim tão graves.

Um dia, serei obrigado por uma corja de cardiologistas enfurecidos a abandonar de vez o bacon. Mas o tempo passa para todos, e isso nutricionista nenhum diz na TV. Um dia, invariavelmente, todos estaremos velhos, cansados, à beira de uma falência de órgãos – não importa se você fumou a vida inteira ou gastou metade da sua renda vitalícia em rúcula, linhaça e academia. A grande diferença entre eu e um cidadão que conta calorias está aí: Hoje, entupo minhas veias de gordura, enquanto ele se entope de cereais e carne de soja. Amanhã, sairei com minha bengalinha para caminhadas matinais no parque e precisarei me preocupar com o colesterol – enquanto ele e sua bengalinha provavelmente serão capazes de caminhar um ou dois quilômetros a mais que eu, e continuará com sua dieta de cereais e carne de soja. Eu sei, eu sei – você está pensando que eu me arrisco a nem sequer chegar a tal idade, e que estou susceptível a um sem número de mazelas hediondas por não me cuidar agora. Respondo apenas que você, no alto de sua forma física, está susceptível a ser atropelado por um caminhão ou ser esfaqueado por um bandidinho por causa do seu relógio – e no entanto, eu não tento convence-lo a passar o restante dos seus dias enclausurado num quarto acolchoado.

Viver dá trabalho, e viver “direito” dá mais trabalho ainda. E o prêmio para o esforço extra não é senão alguns anos a mais sob os cuidados de alguma enfermeira boazuda, que eu nem mesmo teria, nos meus últimos anos de vida, condições físicas de cortejar. Embora eu concorde que talvez me restem menos primaveras do que aos ditos saudáveis, ressalto que estas seriam primaveras derradeiras – daquelas que, perdoem a crueldade, não me farão falta alguma. Pouco me importa se viverei até os noventa anos ou até os oitenta e cinco – prefiro, na verdade, marcar minha passagem para sei-lá-onde enquanto ainda for capaz de ir ao banheiro sozinho. E se o bacon pagar o valor do pedágio, e o álcool garantir o seguro das bagagens, já me dou por satisfeito.

[Caro auto-proclamado membro da “geração saúde”: Antes de sair berrando aos quatro ventos que eu sou um analfabeto irresponsável, lembre-se que os textos deste blog têm cunho humorístico – e mesmo que não tivessem, eu declararia aqui a mesmíssima coisa em uma tentativa de evitar eventuais encheções de saco. Mas se estas vierem, favor utilizar o botãozinho “Comentários” abaixo. Att, O Autor.]


21 comentários:

  1. Ah é sempre mto bom ler coisas inteligentes e que ainda por cima compartilham das mesmas idéias que a gente. Vivemos em um mundo hipócrita, onde as pessoas cada vez mais se deixam escravizar por regras sociais e falsos moralismos e além de tudo isso ainda querem pregar regras alimentares que na verdade nem eles seguem a risca.
    Se existissem mais pessoas como vc nesse mundo, escrevendo essas verdades que poucos tem coragem de falar... Ah esse mundo seria tão diferente e melhor.

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  2. Cara, muito bom esse texto, meus parabéns pela lição de moral em relação aos meninos de cara feia em relação as coisas boas da vida.

    Afinal, sabor tem um preço a se pagar e bem gorduroso.

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  3. Hmmm acharam q eu não ia comentar porque a carapuça serviria? Péeee!

    Eu sou sim adepta do estilo de vida saudável e sempre serei. Mas como já disse isso antes, nunca impus isso a ninguém. Acho q mais valioso é ter a liberdade de te escolher o que te faz feliz.

    Me faz feliz comer direito e ir pra academia, me sinto mal, tenho diarreia e gases qdo como coisas gordurosas e sinto falta de endorfina se não treino. Mas isso sou eu! Tenho raiva de quem se mete na minha vida, falando q sou bitolada e tenho raiva de gente q tem hábitos similares aos meus mas que enche o saco dos outros pra ser igual.

    Ah, mais raiva ainda dá da turma do "faça o q eu digo, mas não faça o q eu faço" (nutricionista gorda) Ora, se nem vcs fazem, não se metam na minha vida!

    De que adianta viver tantos anos se não for se sentindo bem? Eu me sinto bem assim, vc se sente bem de outro jeito e fulando é feliz de um jeito bizarro, e daí?

    E bom... eu confesso que cometo uns pecados gastronômicos, acho difícil beber tanta água, durmo pouco e fico muito tempo no computador.

    É isso aí, a tal "saúde" que interessa é o bem-estar consigo mesmo e não os exames médicos dentro das faixas que alguém estipulou e volta e meia esses números mudam.

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  4. Querido amigo Fábio...vou te falar algumas cositas que talvez não lhe agradem.


    Eu sou contra essa "começão" de linhaça, quinoa e outras coisas bizarras que deveriam ser dadas só a passarinhos. Também sou contra não ter prazer nessa vida de meu deus e, graças a isso, não abro mão de um bife mal passado/mugindo.

    Mas, eu já tenho quase 49 aninhos e por isso já vi muita coisa.
    Mas a pior coisa que eu já vi, foram pessoas que passaram a vida declarando em altos brados "Prefiro viver 10 anos a mil do que mil anos a 10", encherem o saco das familias entrando e saindo de UTI's durante anos a fio.

    Então assim. Você só tem 30 anos. Por isso a vida sedentária ainda não veio cobrar a conta. Mas ela vem. Não acho que você deva comer certinho, mas acho que seria interessante ter músculos, porque eles serão úteis para te manter de pé por mais tempo sem [de novo] encher o saco da familia, tendo que ter sempre alguém pra te amparar. Acho também que seria legal manter a gordura abdominal num nível aceitavel, pra não ter gordura no fígado e diabetes, porque diabetes é uma doença desgraçada que vai te fazer ficar cego e talvez amputar algum membro.

    Não quero assustar ninguém. Acho nutricionistas [as gordas e as magras] uns amimaizinhos insuportáveis e nada realistas. Mas sério...pensa assim:
    1. se você tiver qualidade de vida na 3a. idade, vai encher menos o saco e vai ter menos gente mandando em você.
    2. Pessoas que querem morrer cedo, geralmente só conseguem se matando, e vivem pessimamente até conseguir isso.
    3. se você ama alguém, não se cuide por você, se cuide por ela. É o mínimo do comprometimento. Como essa mulher pode confiar num homem que não está nem aí se vai deixá-la amanhã, numa cena dantesca e inesquecível, por puro descaso?
    4.É mais bacana ser gostoso. (sim, por elas de novo)

    É isso.
    Me odeie.

    Beijos

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  5. Oieeee!!!
    Hoje concordo em partes, como li o post da Mercedes ali em cima, faço minhas as palavras dela. Eu como verduras e frutas porque gosto mesmo, não porque falam que é bom, até jiló acho bom, vai entender né???
    Mas não abro mão do pastel da feira, da coca cola, do chocolate, da cervejaaaaaaa, e algumas coisinhas mais.
    Nunca fui sedentária, mas não sou obcecada por exercícios, se o fosse estaria com o corpo em dia.
    Então é isso, plagiando mais uma vez a Mercedes:
    Me odeie... rsrsrs
    Beijão!!!
    Edilene

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  6. Então,viver não é fácil mesmo. Conheço gente que nunca comeu fritura na vida, não bebou e nem fumou e morreu de...câncer.

    É lógico que exagero de qualquer coisa nunca fez bem a ninguém, o que não dá é pra ouvir esse povo colocando minhocas na cabeça de todo mundo e as pessoas aceitando tudo.Sim, porque o que faz mal hoje, no mês que vem já faz bem, e os tapados seguem acreditando em tudo.

    Vamos comendo nossas porcarias e quem morrer primeiro, ganha flores do outro, tá?

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  7. Adorei seu texto.
    E concordo com você, tem que fumar, beber e tudo mais.
    Eu confesso que como carne de soja e alface, mas somente porque eu gosto, não abro mão de uma barra de chocolate, vários copos de coca e tudo mais.
    O único problema, é o peso te importunar depois.

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  8. Ótimo texto. Muitas nutricionistas falam para comermos certo, mas as mesmas estão gordas. É a mesma coisa com os médicos que dizem que fumar é prejudicial a saúde (e estamos cansados de saber disso), mas na hora que eles tem um tempinho, estão lá fora, fumando.

    Temos mesmo que aproveitar enquanto podemos abusar das gorduras,frituras e afins, porque daqui a algum tempo o que nos sobrará serão os remédios que os médicos vão nos receitar para controlar o colesterol, hipertensão, entre outras coisas que a idade e o nosso "abuso" nos trará.

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  9. Já que fui intimada a comentar, aqui está oq acho:
    Acho que tão chato quanto os nutricionistas que só querem q a gente coma brócolis, é vc só querendo comer bacon. Acho extremismo errado pra qualquer lado. A vida deve ser feita de equilíbrio.
    Assim, entre viver 40 anos comendo bacon e sendo sedentária ou 100 anos comendo brócolis e sendo rata de academia, eu escolho viver 70 anos comendo os dois e fazendo exercícios de forma moderada!

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  10. O que não dá pra aceitar é a imposição de um modo de vida, o "modelo ideal", "padrão" e etc., sendo tudo que está fora dele passível de repreensão e exclusão.

    A vida sem o prazer é apenas sobrevivência, e uma vida só de prazeres não é uma vida completa. A única coisa que precisamos ter e a sensação de que nosso papel está sendo cumprido.

    Uma série de outros fatores interfere muito mais na nossa saúde que bifes e bacon.

    Se de repente todos esses stresses físicos e emocionais pelos quais passamos cessassem, aposto um x-tudo como a expecativa de vida aumentaria mais do que se continuássemos passando pelo que passamos, mesmo com A dieta PERFEITA.

    Acho que me desviei um pouco, mas é isso. Cada um sabe do seu fígado.
    :)

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  11. Bom,radicalizando,todos vamos morrer,uns mais saudáveis mas mortos do mesmo jeito.Qd me dizem "vc é o q vc come" eu respondo q devo ser muito gostosa então...
    E falando sério,eu como verduras e malho por prazer,mas tbm fumo e bebo pelo mesmo.Equilíbrio né? Patrulhamento não rola, consciência e discernimento principalmente qd adulto é necessário.

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  12. Hoje, uma senhora chegou na farmácia e eu fui atendê-la, ela mesma falou que toma muitos medicamentos e principalmente para controlar a hipertensão, por que quando ela era jovem, ela abusava de medicamentos. Ela se auto medicava. Qualquer ai-ai e ui-ui que ela sentia, ela tomava algum medicamento, e vejam só... Ela é dependente de uma química que tem um preço alto, para o bolso dela.
    No fim, acabamos sendo tudo aquilo que comemos?
    Exagerar [de repente] nunca será boa idéia.

    Parabéns pelo texto, merece um bacon! xD

    [E essa semana que passou, comi 4 lanches do MC Donald's. Rá!]

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  13. sedentário , guloso , alcoólatra e "nicotineiro" nato !!! kkk exercício físico? faço ginástica laboral no serviço tá bom né? ótimo texto Fabio Parabéns !!!

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  14. Confesso que quando li o título do texto dessa semana fiquei meio intrigada de se realmente estaria no blog do Fábio Piva.Mas aí lembrei-me... ahh com certeza a ironia impera por aí,o texto é do Fábio kkkkk
    Enfim,o texto como sempre muito bom,não é um estímulo a alguém que está de dieta como eu(não pela saúde,vale salientar,mas por uma pequena exigencia diária do meu querido espelho),mas que não consegue abdicar do prazer de ingestão do álcool mesmo com todas as alminhas insuportáveis que me cercam que ficam dizendo: "Olhe querida pare de beber,como você vai ser uma médica que bebe?e ainda aconselhar seus pacientes a não beber"
    Pode até soar hipocrisia,mas faça o que eu digo e não o que eu faço,e se quiser fazer...ahh problema o seu.
    Enfim parabéns pelo texto mais uma vez.

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  15. Vanribeiro81


    PARABÉNSSSSS!!!!! Quando crescer quero ser igualzinha a vocÊ!! rsrsrrsrsrrs....não tenho essa coragem de pensar e agir dessa maneira, mas admiro quem tem...beijosssss

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  16. Issoaê

    As pessoas matraqueiam mto sobre manter a Saúde Física mas se esquecem da Mental e,
    estar bem c/suas escolhas d vida faz parte d 1 todo
    Mas claro, sempre houve tentativas d controle via N formas, inclusive a forma alimentar, por memes e determinados grupos d seus hospedeiros.

    "Egoísmo não é viver como queremos; egoísmo é querer que os outros vivam como queremos que eles vivam." Oscar Wilde

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  17. Muito bem escrito e argumentado seu texto, que não resisti a deixar meu comentário.
    Não sou nenhum modelo de "geração saúde", pelo contrário. Bebo, fumo, durmo mal, vivo na correria e não como direito, tem dias que substituo o almoço por alguma porcaria, tenho crises de estresse e tomo remédio controlado. Mas eu tento compensar, eu confesso. E não é por ninguém impor, pois é um saco mesmo as pessoas querendo impor o que é certo e errado até na hora de comer.
    Não gosto que se metam nos meus hábitos e não me meto nos dos outros. E sei que há gostos e opções para tudo. São direitos que temos de escolha; é o livre arbítrio.
    Bom, mas tudo em ecesso faz mal. Até mesmo atividade física em excesso faz mal (Viver faz mal?). Rúcula em excesso também dá gases.
    Enfim, o que gostaria de compartilhar é que é possível aproveitar estes prazeres da vida e se preocupar ao mesmo tempo com a saúde, sem ser bitolado. Eu mesma, como chocolate todo dia, mas como salada também. Me empanturro de cerveja, cachaça e tira-gosto por pelo menos metade da minha semana, mas faço academia e meu trabalho (sou bailarina) me ajuda a compensar.
    Só que tudo isso o que faço é por prazer. Tanto o prazer de comer bem, tanto o prazer de comer uma porcaria. Tanto o prazer de fazer nada além de beber e fumar, tanto o prazer que a endorfina traz.
    Acredito que o equilíbrio está em não tacar o foda-se, mas também não é se policiar o tempo todo e ser um neurótico. Devemos nos permitir, mas ter cautela, como nos permitimos a sair na rua, mas temos cautela em relação a acidentes e à violência.
    Bom, mas quem sou eu pra falar em equilíbrio? Quem sou eu pra achar se algo é certo ou errado? Isso funciona pra mim, e cada ser humano é um, com suas particularidades, inclusive no que diz respeito ao organismo.
    Portanto, o bom da vida é viver da forma que nos sentimos bem, e não como os outros dizem que nos sentiríamos!
    Parabéns pelo texto!!
    Um beijo
    @TalithaMesquita

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  18. Eu estou acima do peso e isto me deixa desconfortável. Por tal motivo, entrei na academia e me apaixonei por corrida: tanto na academia, quanto em ruas e parques.

    Isto já me ajuda na saúde, mas na parte da alimentação, eu sou uma negação.

    Eu adoro ir ao Burger King, ao Outback, adoro uma Heineken e não dispenso uma boa Pepsi.

    Me permito a tais pecados, vez por outra. Mas tenho tentado não exagerar. Estou cuidando de mim, mas sem ficar bitolada.

    O importante é estar bem. Mas a que preço?

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  19. E o pior - a mesma nutricionista que diz o que você deve comer, ainda não sabe como funciona um ovo [são 9 mil tipos de colesterol e metade deles tem dupla personalidade - se entendi direito]

    Se tem um troço insuportável é o povo que brada que sabe o que é melhor para você. E a pior parte, se você fizer tudo que os naturebas mandam e, ainda assim, morrer aos 33 - não haverá meios de processá-los ou agredi-los por toda linhaça que você foi obrigado a comer. Frustrante, não?

    Não arrisco.

    Lílian Buzzetto - Do Mulherices e da família.

    Lílian Buzzetto

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  20. Adorei o post. Te achei através do Mulherices e que feliz descoberta! Vc tem senso de humor, argumenta com muita propriedade e convence! rssss....
    Adorei os comentários aqui postados, em especial os de Mercedes Gameiro e Karina Mochetti. Ambas "nailed" o assunto, na minha opinião. É tudo mesmo uma questão de equilíbrio.
    Nem 8, nem 80 (e neste caso, nem 40, nem 100 anos rssss...). Uns 80 anos bem vividos, comendo bacon, chocolate e malhando! Se eu tiver que comer só folha, morro em 1 semana! De desgosto!
    Tô te seguindo! Se puder, dê uma chegada no meu blog. Seus comentários serão muito especiais, tenho certeza.
    Beijos!
    Ana Cristina Mokdeci

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  21. Tem muito comentário longo então você não vai ler se o meu for longo, então vai ser curto por que se for longo você não vai ler o comentário longo (Que eu escrevi).

    O problema não é viver menos ou mais.
    Se por cada ato do grupo dos mals hábitos você só decrementasse um contador de alguns minutos, tava sussa, era só você fazer as contas e pensar 'Vou morrer com 70 ao invés de 85? Deal.'

    O que importa é a qualidade de vida até a morte. É a diferença entre ter memória fraca, cansaço, insônia e ser broxa com 40 anos ou 70.

    Gostaria de frisar o 'ser broxa', que em geral, é o que mais motiva as pessoas HAHAHAHA

    Além disso, açaí com granola, sanduíche de pão integral com peito de peru e tomate, sucos e afins são bons bagarai, não é tipo comer farinha de linhaça pura e beber água morna HAHAHA.

    Droga, ficou longo.

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